01 Alvenaria Estrutural

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Indústria de artefatos de concreto

manual e aplicação

Alvenaria estrutural é um sistema de construção em que as paredes da edificação fazem a função estrutural, não sendo necessário o emprego de vigas e pilares para a sustentação do edifício, substituindo o método tradicional de concretagem.

A alvenaria do tipo estrutural se caracteriza pelo emprego de blocos de concreto ou cerâmicos autoportantes. Deve-se frisar ao fornecedor a escolha do bloco estrutural no ato da compra pois geralmente o mesmo possui blocos estruturais e de vedação para a venda.

Na alvenaria estrutural, devido a sua própria característica estrutural, resulta em maior resistência à danos patológicos decorrentes de movimentações e apresenta maior reserva de segurança frente a ruínas parciais. (CAMACHO, 2006).

Apesar de sua grande versatilidade, a alvenaria estrutural possui limitações quanto a mudança de layout de suas dependências uma vez definidas. Pesquisas apontam que com o passar do tempo, a necessidade dos moradores tende a se modificar requisitando mudanças, as quais não foram premeditadas em projeto, o que se torna, no caso da alvenaria, tecnicamente impossíveis de serem realizadas. (RAMALHO & CORRÊA, 2003).

Por se tratar de um sistema construtivo onde a execução é fator crucial, onde cada bloco é importante na sustentação da estrutura, para o sucesso final da alvenaria é necessária uma mão-de-obra qualificada, o que tende a ter um custo elevado em relação a outros processos construtivos. (BUSI, 2009).

O sistema construtivo em alvenaria estrutural exige que os projetos: arquitetônico, elétrico e hidráulico caminhem juntos devido ao fato de que, uma vez definido o local onde serão feitas as instalações não poderão sofrer alterações com facilidade, sendo essa uma das dificuldades de concordância quando estes são executados por diferentes profissionais. (HOFFMANN el. al., 2012).

Sua utilização é mais indicada em edificações residenciais de padrão baixo ou médio com até 12 pavimentos. Nesses casos utilizam-se paredes com espessura de 14 cm e a resistência de bloco usualmente necessária é de 1 MPa vezes o número de pavimentos acima do nível considerado.

A Alvenaria Estrutural teve origem na Pré-História, caracterizando assim, um dos mais antigos sistemas construtivos da humanidade. Um grande marco da alvenaria estrutural foi com o edifício Monadnock (Chicago 1889-1891) cuja altura chegou a 65 metros, 16 pavimentos e a espessura de suas paredes chegando a medir 1,80m. (PESTANA et. al.).

Com o avanço da tecnologia, e com os estudos realizados sobre a alvenaria estrutural, hoje a construção do edifício Monadnock seria realizada com 17% da espessura das paredes que fora realizado na época de sua construção. (NONATO, 2013).

No Brasil a alvenaria estrutural teve seu início de utilização em meados do final da década de 70, com construções de prédios habitacionais, principalmente em São Paulo. Se difundiu em todo o país por volta da década de 90, quando várias construtoras passaram a adotar o processo construtivo. (SILVA, 2003; ROMAN & CARVALHO, 2001).

Dado a nova concepção estrutural, baseados em normas internacionais e nacionais, a alvenaria estrutural pode chegar em média a 20 pavimentos, dependendo do sistema construtivo. Até hoje o hotel Excalibur (LAS VEGAS) é o mais alto edifício neste sistema de construção com 28 pavimentos.

Os blocos de concreto são feitos com mistura de cimento, areia, brita e água. O diâmetro destes agregados deve ser menor que ¼ da espessura de uma das faces da lateral do bloco e quando utilizados aditivos na mistura, o mesmo deve constar nos ensaios.

Há dois tipos de blocos: os vazados de concreto simples sem função estrutural e com função estrutural, sendo este último mais resistente conforme consta em suas dimensões NBR 7173.

Figura 01 – As três dimensões do bloco vazado de concreto segundo a NBR 6136. Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2016, p.2)

A NBR 6136 especifica duas larguras padronizadas: a largura nominal de 15cm e de 20cm. Os comprimentos padronizados são de 20 e 40 cm e as alturas de 10 e 20 cm.

A fabricação dos blocos sem função estrutural pode ser feita por qualquer indústria, no entanto é preciso possuir um controle tecnológico rigoroso na sua execução. Os canteiros de obras podem realizar a própria fabricação dos blocos, exigindo assim boa organização no esquema de trabalho. O tempo de cura deve assegurar a obtenção de um concreto homogêneo e compacto, atendendo as exigências que constam na NBR 6136.

Classes dos Blocos:

  • Classe A: Blocos com função estrutural, para ambos locais acima ou abaixo do nível do solo;
  • Classe B: Bloco com função estrutural, apenas uso acima do solo;
  • Classe C: Com função estrutural para até um pavimento, blocos M10, até dois, M12,5 e três, M15.

Modulação da Alvenaria:

  • Planta com dimensões moduladas pelas unidades dos blocos;
  • Modulação padrão: 30 e 40. Referente as famílias de bloco de concreto 29 e 39;
  • Família de blocos 39 e 29 possui blocos especiais para conectar paredes transversais;
  • As duas primeiras fiadas de blocos devem ser projetadas, bloco a bloco.

Conceitos básicos:

  • Não existem pilares ou vigas convencionais.
  • Parede de alvenaria são classificadas:
    • Alvenaria de vedação – parede sem função estrutural;
    • Alvenaria resistente ou portante – parede com função estrutural;
  • Em um edifício em Alvenaria Estrutural nem todas as paredes são portantes.

O método construtivo de alvenaria estrutural tem a sustentação da obra em suas paredes, executa-se sua amarração horizontal com blocos tipo calha preenchidos com graute e barras de aço, assim proporcionando o travamento da estrutura. Segundo Oliveira (1992), a função da armadura na alvenaria é o travamento da estrutura, o combate à retração e auxiliar nos esforços de compressão e tração.

O graute deve ter sua resistência característica maior ou igual a duas vezes a resistência característica do bloco. Essa recomendação é fácil de ser entendida quando se recorda que a resistência característica do bloco é referida à área bruta e que o índice de vazios para os blocos é usualmente de 50%. Na verdade, seria mais claro se a norma mencionasse que a resistência do graute deve ser no mínimo a mesma do bloco em relação à área líquida. (Ramalho,2003, pág.8).

Nas aberturas de portas e janelas são utilizados os mesmos métodos construtivos, com blocos de tipo calha e aço com grauteamento.

A distribuição da carga do empreendimento é distribuída em todas paredes autoportantes, ou seja, nos blocos estruturais. Como não tem pilares em paredes autoportantes, o grauteamento é realizado em pontos pré-definidos no projeto, dentro dos blocos de concreto, para combater os momentos devido as cargas do edifício.

O preenchimento dos vazios promove aumento da área de seção, o graute armado na vertical que substitui o pilar usado na convencional, elimina forma de caixaria tornando a obra mais sustentável.

As lajes são os elementos estruturais que recebem cargas diretamente do uso da edificação e as transmitem às vigas, podendo também, transmitir diretamente aos pilares em edificações onde, por diversos motivos, não estão previstas a utilização destas.

A ancoragem da laje com os blocos de concreto é o mesmo sistema utilizado na alvenaria convencional, porém se apoia em cima dos grautes na horizontal. O sentido das armações da laje é de suma importância e é necessário usar contraventamentos, pois o aço irá trabalhar junto ao sistema estrutural.

Com o objetivo de absorver as ações horizontais sobre fachadas de edifícios, além da disposição das paredes portantes que por si só já enrijecem o conjunto, utiliza-se a rigidez no plano horizontal das lajes de piso e de cobertura. Essa função é conhecida como “ação diafragma” ou “laje diafragma”.

Esses diafragmas serão considerados como elementos essenciais no sistema de contraventamento da edificação e consequentemente utilizados no cálculo do conjunto. Pela ação do diafragma, a força horizontal (vento) incidente em uma ou duas empenas da fachada será distribuída entre todas as paredes portantes até as funções da edificação. (Tauil, 2010, pág.43)

 

Paginação das paredes:

  • Plantas
    • Os projetos em Alvenaria Estrutural devem conter em planta desenhos detalhados dos blocos individualmente obrigatoriamente para a 1a e 2a fiadas.
  • Elevações
    • Cada parede portante deve ter desenhada sua elevação com cada bloco individual, assim como
      vergas pré-moldadas, blocos grauteados e armaduras.
  • Sugestão de apresentação de projetos (Eng. Marcio Conte – Projetista alvenaria estrutural):
    • Planta de 1ª e 2ª Fiada para locação – escala 1:50;
    • Cotas acumuladas;
    • Elétrico e hidráulico na planta;
    • Indicação de blocos grauteados;
    • Numeração das paredes e indicação das suas vistas.

Comparação entre Alvenaria Estrutural e Concreto Armado:

  • Redução de 60 a 90% nas formas (só lajes e detalhes);
  • Redução em 50% no consumo de aço;
  • Redução de 20% no consumo de concreto.
  • Maior racionalidade na construção;
  • Blocos de concreto tem maior condutibilidade térmica;
  • Blocos de concreto – modulações horizontais de 40 cm e modulações verticais de 20 cm;

Comparação entre Alvenaria Estrutural e Concreto Armado:

  • Vãos máximos da ordem de 4 a 5 metros;
  • Pé direito limitado (flambagem das paredes);
  • Não podem sofrer reformas que removam paredes estruturais;
  • Devido ao revestimento pouco espesso, há dificuldade em fixar pregos e parafusos;
  • Inibe a destinação dos edifícios;
  • Condiciona a arquitetura;

Porque deve-se utilizar blocos de concreto

Redução total de custos

Redução total do custo da obra em relação ao concreto armado pode chegar a 35%, devido a redução da taxa de aço, eliminação de formas de madeira e baixo consumo de concreto.

Redução custos

Racionalização da construção.

Velocidade de execução

Velocidade de execução da obra até 3x vezes mais rápida do que métodos construtivos convencionais devido a substituição de estruturas por blocos de concreto. 

Velocidade

Execução de serviço planejada

Ensaios de laboratório

Ensaios de laboratório garantem a qualidade e segurança das estruturas utilizadas no método construtivo. Amostra dos lotes de fabricação devem ser coletadas na fábrica e na obra.

Laboratório

Garantia de qualidade do material.

Redução de entulho e bota-fora

A utilização de blocos de concreto diminui a quantidade de rasgos na parede devido a geometria dos blocos. Assim, os eletrodutos devem ser embutidos nos furos dos blocos ou no espaço disponível em canaletas.

Instalações Elétricas

Elementos embutidos na alvenaria.

Redução de armadura

Na alvenaria estrutural os blocos e argamassa compõe a estrutura, assim a parede (prisma) resiste aos esforços e a ferragem deve combater os momentos sobre a estrutura. Portanto, a taxa de aço é menor neste método construtivo.

Armaduras

Redução na taxa de aço.

Redução de formas de madeira

As canaletas compõe a estrutura de vergas e vigas. Canaletas tipo J são utilizados em lajes e blocos substituem colunas. Portanto, formas de madeira são completamente eliminadas neste método construtivo.

Formas de madeira

Eliminação de formas de madeira.

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Blocos da família 39 – Modulação 40

14x19x39 – Bloco padrão

14x19x34 – Estrutura em L

14x19x54 – Estrutura em T

14x19x19 – Meio bloco

14x19x39 – Canaletas

Blocos da família 29 – Modulação 30

 

14x19x29 – Bloco padrão

14x19x44 – Estrutura em T

 14x19x14 – Meio bloco

14x19x29 – Canaletas

loja

Informações

Razão Social: Juá Industria e Comércio de Pre-moldados LTDA.

Endereço: Rodovia Santarém Cuiabá BR163 SN, Bairro Ipanema – Santarém PA

CNPJ: 22.972.269/0001-72   IE: 15.143.477-6

 

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